terça-feira, 7 de julho de 2015

POR QUE A BÍBLIA NÃO É BEM COMPREENDIDA?



(1) Em primeiro lugar, muita gente não entende a Bíblia por causa de atitudes impróprias. Alguns não amam a verdade (2 Tessalonicenses 2:10-12); outros resistem deliberadamente às verdades nelas contidas (2 Timóteo 3:8 e João 7:17); outros ainda, manipulam as passagens difíceis, fazendo com que ensinem coisas que passagens mais fáceis mostram não ser a verdade (2 Pedro 3:16).

(2) Algumas pessoas não entendem a Bíblia por não saberem a diferença que existe entre os dois testamentos. Sabemos que os cristãos não se encontram sob as leis do Velho Testamento, mas sob as do Novo Testamento (Jeremias 31:31; Hebreus 8:6-13; 9:15-17 e Colossenses 2:14-16).

(3) Algumas pessoas não reúnem todas as evidências de um determinado assunto antes de chegar a uma conclusão. Isto inclui o estudo da passagem nos seu contexto e na colocação histórica, além das passagens paralelas referentes ao assunto. 

Por exemplo, a Grande Comissão de Jesus Cristo aos seus discípulos é encontrada em três lugares diferentes: Mateus 28:18-20; Marcos 16:15-16 e Lucas 24:46-48. 

Se a narração de Lucas for tomada isoladamente, alguém poderá concluir que a fé não é necessária para a salvação, uma vez que a passagem não fala de fé. 

Se Marcos 16:15-16 for tomado isoladamente, é possível concluir que o arrependimento não é necessário, já que o mesmo não é citado nessa passagem. 

O fato é que a fé, o arrependimento e o batismo são todos necessários para a salvação. A fim de obter esta verdade completa, devemos estudar as três passagens e não só uma delas.

(4) Em quarto lugar, alguns não entendem a Bíblia porque não estudam nem leem a mesma como fariam com outros livros. Eles consideram a Bíblia misteriosa quando, na realidade, ela ensina e transmite informações como qualquer outro livro. A Bíblia ensina ou autoriza de três maneiras:

a) A Bíblia transmite a vontade de Deus aos homens através de uma ordem ou declaração direta. Se você recebesse uma carta de seu patrão dizendo que viajasse para a Europa, saberia que tinha de ir para lá. Por que? Porque você recebeu uma ordem ou declaração direta. Deus transmite da mesma forma ao homem o seu desejo de que ele ame ao seu próximo, através de uma ordem ou declaração direta (Mateus 7:12).

b) A Bíblia transmite a vontade de Deus ao homem mediante uma inferência natural ou conclusão lógica. 

Se você recebesse uma carta de um amigo dizendo que ele estaria no Rio de Janeiro num determinado dia e hora, por inferência natural e lógica chegaria à conclusão de que ele não se acharia em Buenos Aires àquela mesma hora. Você tiraria essa conclusão ainda que ele não dissesse expressamente que não iria estar em Buenos Aires. 

A Bíblia utiliza este método em seus ensinamentos. Assim também, desde que Jesus disse aos seus apóstolos para batizar os crentes, aprendemos por conclusão lógica que os que ainda não tiverem capacidade mental para crer em Cristo (as crianças pequenas, por exemplo) não devem ser batizadas (Marcos 16:16).

c)   A Bíblia dá instruções por meio de exemplos aprovados. 

Se uma dona-de-casa lesse uma revista que alguém fez um bolo muito saboroso seguindo uma certa receita, ela poderia concluir que obteria o mesmo resultado usando a mesma receita. 

A Bíblia nos diz igualmente o que devemos fazer para contentar a Deus, mostrando-nos certos exemplos aprovados de coisas que O agradaram no passado. 

Por um exemplo aprovado ficou confirmado que é certo participar da Ceia do Senhor no primeiro dia da semana (isto é, no domingo – Atos 20:7). Se seguirmos o exemplo apostólico aprovado em Atos 20:7, também agradaremos a Deus.

      À medida que estudamos a Bíblia, nosso princípio de orientação deve ser o seguinte: 

Falar quando a Bíblia fala e silenciar quando ela silencia. 

Nós só podemos ensinar como doutrina aquilo que a Bíblia autoriza por meio de ordens ou declarações diretas, exemplos apostólicos aprovados ou conclusões lógicas (1 Pedro 4:11). 
Até o momento não tratamos daquela que é provavelmente a razão principal dos erros no estudo bíblico: confiar em outras autoridades além da Bíblia.

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