sábado, 13 de abril de 2024

A Igreja Planejada - Planificada - Lição 2

 



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INTRODUÇÃO

Jamais entenderemos bem o Velho ou o Novo Testamento, até sabermos exatamente quando e como começou a igreja, ou comunidade dos seguidores de Jesus Cristo.

Ilustrando melhor o nosso pensamento acima, discutiremos o início de uma nação que se tornou independente, o Brasil!

Não saberemos ao certo quando a constituição e as leis brasileiras entraram em vigor, se não soubermos a data da sua independência. O povo brasileiro estava aqui séculos antes do início da nação atual e das leis que agora regem o país. Antes do reconhecimento da nova nação, as capitanias brasileiras estavam sujeitas ao governo português.

No momento do famoso Grito do Ipiranga, foram dados os primeiros passos para a independência do Brasil, iniciando-se, então, uma nova constituição de leis e direitos. Alguns dos princípios da lei portuguesa foram adaptados pelos líderes brasileiros, mas a autoridade e o código civis de Portugal foram rejeitados, a favor de um novo sistema. No Brasil, ninguém pensa em voltar ao antigo código português, pois vivemos agora sob um novo código brasileiro. Às vezes, estudamos a história e as leis portuguesas para informação, utilizando alguns dos seus princípios, mas não queremos aceitá-las hoje no Brasil!


CRISTO E SUA NOVA NAÇÃO



Da mesma maneira, em nosso estudo das Escrituras Sagradas, não precisamos voltar à lei de Moisés, nem a alguma outra parte do Velho Testamento, para determinar a validade de qualquer lei a respeito do reino de Cristo. 

Não precisamos, porque Cristo inaugurou uma nova nação, com leis novas, embora estas tivessem alguns pontos em comum com as alianças e sistemas anteriores (Gálatas 5.18, Hebreus 9.15 e 10.19-22).

“Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei”.   Gálatas 5:18

“Por essa razão, Cristo é o mediador de uma nova aliança para que os que são chamados recebam a promessa da herança eterna, visto que ele morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança”.    Hebreus 9:15

“Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura”.    Hebreus 10:19-22


Deixar de entender este princípio resultará sempre em uma incompreensão do verdadeiro sentido do cristianismo e da nossa obrigação para com seu Legislador, Jesus Cristo.

Para que tenhamos certeza absoluta sobre quando se deu o início real da Igreja ou, do reino de Cristo, vamos estudar o assunto mais detalhadamente.

Bem, será que a igreja e o reino de Cristo são idênticos?

Muitos afirmam que não, explicando que Jesus pretendeu iniciar o Seu reino eterno entre os Judeus, mas estes O rejeitaram. E por isso, dizem, Ele teria estabelecido a igreja para ser uma entidade temporária, até que Ele venha para trazer o reino.

E a controvérsia continua sobre “o reino” ser, ou não ser, sinônimo de “igreja”. Enquanto alguns afirmam milhares de diferentes doutrinas baseadas na suposta diferença de significado entre estas duas palavras, se pesquisarmos bem veremos que “reino” difere de “igreja” em um só sentido.

A Bíblia fala sobre aqueles que desde antes de Jesus, por terem obedecido a Deus, foram levados para o “reino” (Lucas 13.28).
"Ali haverá choro e ranger de dentes, quando vocês virem Abraão, Isaque e Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, mas vocês excluídos”. Lucas 13:28

Jesus estabeleceu entre nós a igreja e a ela só pertencerão aqueles da nossa época que creem e são batizados, assim automaticamente nascidos no Reino de Deus:

“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Colossenses 1.13-14).

“... Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3.5).

Praticamente falando, então, as duas entidades, são em nossa época, idênticas e essenciais à salvação.

Falando sobre a importância da igreja, ou reino, o Bispo Leslie Newbiggen observou:

“Há uma comunidade atual e palpável, a qual é chamada o “povo de deus”, ou, “o corpo de Cristo”. É um fato de significado incontestável que, o que foi deixado aqui pelo Senhor não é, basicamente, um livro, ou credo, nem um sistema filosófico, ou uma coleção de requisitos sobre a vida, mas uma comunidade palpável... Jesus dedicou todo o Seu trabalho de salvação a esta comunidade, a qual não foi secundária no Seu plano, mas o fato primordial. Ele veio para iniciar uma comunidade, por Ele mesmo escolhida“.


UMA FRATERNIDADE ESPIRITUAL




Deus sabia que os homens precisariam de uma fraternidade espiritual, para que pudessem continuar fiéis. Os homens necessitam uns dos outros, recebendo e dando, mutuamente, exortação, convicção e encorajamento.



Ninguém é suficientemente forte ou corajoso para existir sozinho. No caso de louvor e serviço cristão em conjunto, o resultado é maior do que a soma das suas parcelas. Os homens podem cultuar a Deus isoladamente, mas eles têm muito mais chance de fortalecimento espiritual, se participam regularmente da experiência gratificante de louvor coletivo.



Apesar da existência de problemas, dentro da igreja bíblica, sem ela a vida humana seria muitas vezes pior.

A igreja bíblica não nasceu durante uma só noite, ocultamente, ou acidentalmente. Ela, absolutamente essencial no esquema de Deus, foi planejada, profetizada, prometida e, posteriormente, edificada.

Tudo isso a Bíblia nos mostra claramente.


PLANIFICADA DESDE A CRIAÇÃO

Em primeiro lugar, a igreja existia na mente de Deus desde o início do mundo. Este fato o Apóstolo Paulo declarou aos cristãos em Éfeso, quando disse:

“Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado...” (Efésios 1.3-6).

Observe, nesta passagem, que Paulo está falando à congregação na cidade de Éfeso e diz que Deus os havia escolhido antes da fundação do mundo. Isto significa que Deus estava pensando na igreja antes mesmo da criação do nosso mundo físico. Isto é, naquele tempo muito remoto no passado, Deus já estava planificando a igreja, e por isso, sabemos que ela se originou na mente de Deus. 

Seria absurdo, então, ignorar, depreciar, ou menosprezar aquilo que o Deus-Criador planejou desde o começo. Se o próprio Deus pensava na igreja desde então, o mínimo que podemos fazer é estudá-la minuciosamente, dela participando incondicionalmente. Além do plano de salvação eterna, incorporado em Jesus Cristo, e pela mensagem de Deus preservada para sempre nas Escrituras, não existe no mundo coisa alguma mais importante do que a esposa de Jesus, ou seja, a Sua igreja.


A IGREJA PROFETIZADA

Segundo, a igreja de Jesus era frequentemente mencionada nas profecias do velho Testamento, centenas de anos antes da sua instituição.



Isaías anunciou:

“Nos últimos dias acontecerá que o monte da casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes, e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor de Jerusalém” (Isaías 2.2-3).

O profeta Joel afirmou:

“E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Joel 2.28-29).

E depois, o profeta Daniel indicou, falando sobre quatro impérios mundiais e na futura chegada do reino espiritual durante o último destes impérios:

“Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo: esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2.44. Leia também o capítulo inteiro).


CONCLUSÕES SOBRE ESTAS PROFECIAS

Depois de ler estas passagens, podemos chegar às seguintes conclusões:



1. O reino se estabeleceria nos últimos dias.

2. Todas as nações afluiriam para ele.

3. O Senhor derramaria o Seu Espírito sobre toda carne.

4. O reino começaria nos dias do quarto império mundial, sendo os reinos anteriores o babilônio, o persa e o macedônio.

5. Ele sobreviveria a todos os outros reinos e impérios, subsistindo para sempre.
Terceiro, o reino ou, a igreja, era frequentemente prometido, reforçando as profecias anteriores. 

O profeta João Batista, antes das pregações de Jesus anunciou:

“Está próximo o reino dos céus” (Mateus 3.2).

Esta expressão significa a chegada eminente do reino. E o próprio Jesus prometeu:

“...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18).

“... Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam ter chagado com poder o reino de Deus” (Marcos 9.1).

“... Assim está escrito que o Cristo havia de padecer, e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24.46-49).


ALGUNS FATOS IMPORTANTES

Agora, analisemos os principais fatos, tirados das passagens acima:

1. O reino se aproximava durante a pregação de João Batista e Jesus, mas ainda não havia chegado.
2. Cristo prometeu edificar a igreja, apesar do fato da Sua morte eminente.
3. Alguns dos que se encontravam reunidos com Cristo em Marcos 9, ainda viveriam na hora do começo do reino. Se este reino celestial ainda não começou, como alguns afirmam, os homens que ouviam a Jesus naquele momento teriam atualmente quase 2.000 anos.
4. O reino chagaria com poder.
5. Arrependimento e remissão de pecados seriam proclamados em nome de Jesus entre todas as nações.
6. O reino começaria na cidade de Jerusalém.
7. Os apóstolos de Jesus receberiam poder de Deus para pregarem sobre a salvação que há no Filho.
Sete fatos específicos, para serem confirmados, ou provados, depois do início da igreja...


CONCLUSÃO

Bem, onde e quando foram cumpridas todas as profecias do Velho e Novo Testamento sobre esta nova instituição, a igreja de Jesus?

Leia cuidadosamente Atos 2 para entender, pelo menos, o início do cumprimento de todas estas profecias.

O reino de Jesus foi estabelecido antes da morte de várias pessoas que ouviram a Jesus pessoalmente (Mateus 16.28).

“Garanto-lhes que alguns dos que aqui se acham não experimentarão a morte antes de verem o Filho do homem vindo em seu Reino". Mateus 16:28


Este foi estabelecido em Jerusalém, na área montanhosa da Judéia. No Dia de Pentecoste reuniram-se em Jerusalém, para uma festa importantíssima, gente de todas as partes do mundo. E, naquele dia, representantes de todas estas nações entraram no reino de Cristo. O Espírito de Jesus desceu nos apóstolos com grande poder. O reino começou durante o reinado do César Tibério (do Império Romano, o quarto império mundial, segundo a visão de Daniel em Daniel 2 e conforme Lucas 3.1), e continua até os dias de hoje, havendo consumido o Império Romano e todos os demais desde então.
Por favor, pense profundamente sobre todos estes pontos, enquanto estudamos a próxima lição, que tratará do estabelecimento da igreja de Jesus.


Entendeu tudo direitinho!
Muito bem!

Agora vamos ao Exercício!
Clique nessa caixinha verde e responda as questões!






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